Pastel de Molho
Na Covilhã há um pastel com quase um século de história. Uma tradição que nasceu para substituir a sopa para os operários das fábricas.
Na década de 1920 os empregados fabris não tinham tempo para fazer sopa e então substituíram-na por estes pastéis, uma vez que despendiam muito tempo a confecioná-los, aguentando durante várias semanas, o que não sucede com a sopa.
Este Pastel seco é feito com massa folhada cortada em tirinhas, que se enrolam em forma de espiral, dobrando uma das pontas do pastel para rechear com carne de vaca refogada.
O Pastel de Molho era e continua a ser servido com molho de açafrão.
Prepara-se da seguinte forma:
Põe-se água a ferver com sal, vinagre, açafrão e um ramo de salsa; coloca-se o Pastel num prato, deitando o caldo por cima, tapa-se com outro prato e aguarda-se um pouco (para “abrir”); o Pastel de Molho “abre”, fortalecendo a refeição.
O Pastel de Molho é composto por uma massa de margarina ou banha de porco, sal, farinha e recheado com carne guisada (cebola, louro e sal).
Para além de poder ser servido com molho de açafrão ou chá preto, pode ainda ser comido apenas como Pastel.
Tipicamente covilhanenses, estes pastéis, acompanhados com o respectivo molho de açafrão constituem, como diz Maria de Lurdes Modesto, “a mais espantosa das sopas portuguesas”.